A Assessora da Promotora de Justiça Eliane Misae foi flagrada pela Polícia Federal em grampo telefônico combinando arquivamento de inquérito do órgão ministerial no município com o ex-Controlador Wellington Soares.
No grampo telefônico da PF, Alderlene Castro deixa claro que a intenção da Doutora Eliane era ouvir o prefeito, escrever o termo e encerrar as investigações de promoção pessoal com verbas públicas.
Segundo a interlocutora da Promotora que será denunciada na Corregedoria do Ministério Público pelo suposto crime de prevaricação, “a doutora tem a intenção de arquivar”.
Trecho da conversa mostra a combinação e a afirmação da interlocutora que a intenção era arquivar o procedimento.
O procedimento para arquivamento se tratava de uma denúncia da oposição sobre o uso de verbas públicas do gestor do município para promoção pessoal. A Constituição e a Lei de Improbidade administrativa prescrevem dano ao erário quando há desvio de finalidade através da comunicação oficial, sendo vedado promoção pessoal.
Fato curioso se refere ainda à determinação de Welington Soares. Ele manda Auderlene Castro, cargo de confiança do MPE, informar que o prefeito se encontrava atrás de um porte de arma na Polícia Federal, fato colocado sobre aspas no documento da PF.
A nossa reportagem tentou durante toda manhã contato com a Promotora através de seu assessor. Ele informou por aplicativo de mensagens que não conseguiu falar com a mesma e que esta se encontrava de férias.