Em 2020 Senador Guiomard comemora 44 anos de emancipação política e administrativa. Se essa idade fosse de um homem natural, pela lógica social teria este que ter uma família, um bom emprego/profissão, sua residência, isso simplificando o modo de existência do homem.
Pois bem, estamos a falar de um município, pessoa jurídica de direito público, no entanto, ser dotado de personalidade jurídica também precisa evoluir e crescer, a rigor dotado de planejamento e capacidade de prestar bons serviços para a sua gente.
Senador Guiomard ou Quinari, prefiro o último é biqueira da capital. Em vários pontos isso lhe fortalece, em outros prejudica, pois pelo que percebo pelo menos 70% do dinheiro pago pelo setor público e privado não fica em nossa terra. Ele circula na verdade na capital, a final o consumidor busca preço. É preciso e possível se pensar em alternativas para impulsionar o comércio local. A adoção de uma moeda local seria importante.
Quinari tem a economia ainda fortalecida no setor público. A Prefeitura ainda é o maior empregador da região. Todavia, temos empresas, essas são destaque, estão resistindo às crises e gerando emprego em nossa terra. Mesmo assim, ainda amargamos o desemprego. É o momento de ampliarmos e buscarmos investimentos particulares.
Quando o assunto é administração pública, tenho que o maior desafio da nossa Prefeitura é a sanidade financeira. Refiro-me ao orçamento público. Ainda estamos pagando mais da metade do que entra nos cofres da Prefeitura com pessoal, uma vez que a demanda por serviços públicos aumentam e consequentemente se faz necessário a contratação de pessoal.
Ato contínuo, no que tange ao gasto de pessoal, entendo que a gestão pública precisa deixar de ser uma cabine de empregos, cabendo aos agentes públicos governar com o mínimo de cargos, funções gratificadas e motivar servidores da importância de suas atribuições, claro sempre fazendo cobrança de resultados. Em síntese seria enxugar a máquina para conseguir cuidar da cidade.
Por outro lado, no que tange ao planejamento urbano e rural, ainda não temos plano diretor e mais da metade dos imóveis ainda não contribuem com o fisco municipal. De tal modo, isso significa perda de receita. Aqui neste ponto precisa de uma intervenção séria da gestão no que concerne a fazer aplicar as leis e arrecadar o que se faz justo dos munícipes. Necessário se faz neste ponto, gestão e seriedade.
Verificamos que temos pela frente como grande desafio a infraestrutura urbana. A cidade cresceu, porém sem redes de esgoto de águas pluviais, o que faz a água das chuvas destruírem o asfaltamento de várias ruas. Até tivemos e temos ruas pavimentadas, todavia, faltou se fazer o saneamento. Será necessário buscar parcerias junto aos parlamentares e o governo federal para se promover um grande plano de melhorias de ruas e ramais.
Na área da educação nosso maior desafio é a perda de alunos. É preciso se conquistar estudantes que significarão recursos para investimentos em infraestrutura das escolas e na boa remuneração de professores, sob pena de se perder aquilo que já foi conquistado.
Na área de saúde verifico que deveremos efetivar a mão de obra de profissionais. A saúde é a pasta que dispõe do maior número de nomeados por cargos de confiança e provisórios. Temos boas estruturas de unidades, mormente uma reclamação unânime é a falta de farmácias nestas unidades. Pelo menos em três pontos da cidade deveríamos ter farmácias nos postos de saúde, sendo Democracia, Centro e Naire Leite.
Na questão da agricultura e produção, constato que fomos perdendo potencialidades como por exemplo, bacia leiteira e produção do amendoim. Com a criação de uma equipe de assistência técnica através da Secretaria Municipal de Agricultura será possível retomar e reinserir o Quinari nesta linha de potencial de produção.
De mais, a mais, são esses desafios antigos e contemporâneos do sempre Quinari. Em 2020, completaremos 45 anos de emancipação política e ao verificar os desafios do passado, notamos que eles são contemporâneos. No que tange a administração , constata-se a necessidade de através do voto promovermos as mudanças que precisamos.
Gilberto Moura
Jornalista