Dos vinte e dois municípios acreanos, apenas Senador Guiomard, Porto Walter, Cruzeiro do Sul e Tarauacá atingiram a meta de vacinar 90% do público prioritário contra a gripe. A informação foi confirmada pela Gerente de Imunização do Acre, Dora Holanda. A campanha de vacinação encerra na sexta-feira (9), mas os dados mostram que a maioria das cidades não vacinou nem 80% do público-alvo.
No último dia 2, o Ministério da Saúde orientou que os estados e municípios disponibilizem a vacina para toda a população. O estado do Acre decidiu aderir a orientação, mas a capital acreana, Rio Branco, não seguiu a recomendação. A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa), informou que para que isso seja possível novas doses devem ser enviadas à capital acreana. Por isso, o atendimento segue para o grupo especial.
“Tendo em vista as dificuldades, a falta de procura do público prioritário para se tomar a vacina, nesses últimos minutos da campanha, a gente avalia positivamente para quem se esforçou bastante para chegar até essa meta. Infelizmente, têm as condições de difícil acesso, climáticas que também prejudicaram em alguns ramais, e tem outras [equipes] que ainda estão em áreas”, avaliou Dora Holanda.
Outro problema enfrentado pelas equipes, segundo a gerente, foi o aumento da meta da vacinação. Em 2016 a meta era vacinar 80% dos grupos alvos e esse ano a meta subiu para 90%. “Se a campanha não tivesse aumentado, 50% dos municípios teriam alcançado a meta hoje. Tem município que deixou para ir [nos locais de difícil acesso] depois do Dia D, que foi no dia 13 de maio, então, as equipes demoram a voltar. Isso prejudicou a campanha”, comentou.
Questionada sobre o fato de que alguns municípos de fácil acesso não conseguirem vacinar nem 80% do público prioritário, a gerente explicou que os profissionais dessas cidades tiveram dificuldades com logística e apoio para efetuar algumas ações. Outra questão apontada por Dora foi a de que apenas 77% dos profissionais de saúde de todo estado se vacinaram.
“Há residência dos próprios profissionais de saúde. A gente fica preocupado nesse momento. É um momento que, durante o monitoramento que fazemos depois da campanha, vamos rever as estratégias para não prejudicar a campanha no nosso estado e dos municípios. A população não tem a consciência de que não se vacinar pode, quando o período invernoso chegar, o vírus da gripe circular e acontecer uma tragédia”, concluiu.