O jornalismo tem seus algozes. Isso é fato. Se não bastasse a constante vigilância da atividade no momento do qual a sociedade vive conectada, há profissionais da área sempre galgando outros espaços e ousando voar outros céus. Quando se dedica por um período a determinada carreira e busca outros ambientes, isso é compreensível. Ocorre o seguinte, temos um grande número de profissionais do jornalismo migrando para a atividade política, alguns deles com o desempenho pífio. Isso preocupa.
Antes de tudo, o jornalismo é ou deve ser uma ideologia de vida. É um amor à primeira vista. Como disse Duda Rangel “é apaixonar-se pela manhã, brigar de tarde e enamorar-se a noite”.
Em um estado de economia predominantemente governista, não é de se estranhar interferências e controle da mídia. Ao profissional da comunicação caberá a estratégia de driblar essas e outras situações da carreira. Dizem os manuais que a postura ética é o caminho para o sucesso nessa profissão.
Debatemos exaustivamente o que tem sido a ética jornalística, se bem sabemos dos interesses que há por trás de cada redação. Observo que para a carreira do jornalista, caberá sempre o entrar e o sair pela porta da frente. É preciso exercitar a gratidão, as convicções e os valores adquiridos ao longo da história. Não há um manual pronto nessa carreira de imprevisibilidade.
Gilberto Moura
Editor