Era madrugada de domingo. Fui olhar as postagens de rede social, onde o dedo ia e voltava e o assunto era política e política. Digo a política com o “p” minúsculo mesmo, até porque muitos dos debatedores não sabem, nem sobre o que dizem.
Tenho que a onda do Brasil chegou forte no Quinari. Se sabe muito pouco e acha que sabe muito, cito como exemplo o questionamento medíocre da confiabilidade das urnas eletrônicas, tema esse que parece ganhar relevo para se questionar a democracia, conquistada com lutas.
Caro leitor. Senador Guiomard vive uma situação difícil. No último dia 13 de dezembro o prefeito fora preso por ordem do Tribunal de Justiça do Acre. Com ele outras pessoas também foram para o xilindró. Houve buscas e apreensões e hoje a Procuradoria de Justiça com o subsídio da Polícia Federal, parece ter descoberto inúmeros crimes. Sobre essa situação não me cabe por ora um juízo de valor, apenas o relato.
Feito o resumo, temos noticiado dia após dias inúmeras matérias sobre o caso, todos eles com base nos elementos processuais. Em que pese, as teses de defesa, aquela que prevalece no âmbito dos processos políticos refere-se às “armações do fulano ou beltrano”. O disco é tão antigo, quanto à nossa vovó.
Explico que as prisões, denúncias ou injustiças contra qualquer ser humano, logo são descobertos. Lembro que o estado pode reparar e indenizar. Fato é que no tribunal da opinião pública, não há indenização, por isso andar na linha não prejudica ninguém, ao contrário ajuda a manter-se de cabeça erguida.
Nós, em hipótese alguma temos que avacalhar o processo político. Em tempo algum precisamos buscar heróis para governar. Somos homens, somos criados não para falhar, no entanto, falhamos. Por ora, não se deve fazer juízo de valor sobre condutas, mormente deve se ter em mente que a ética, a probidade e a vontade de ter sua obra reconhecida, como ensina Cortela deve ser prioridade.
Não é bonito ser feio e se achar maravilhoso. Encerro com essas ponderações.
Gilberto Moura
Jornalista