Em época de gado solto sobre as ruas, em forma de gente, até porque alguns animais parecem mais racionais que alguns seres humanos, cumpre trazer uma explicação sobre o debate que acontece no Brasil, sobre a liberdade religiosa, especialmente de julgados perante o Supremo Tribunal Federal.
O debate que acontece no Supremo Tribunal Federal não é sobre a “liberdade religiosa” como alguns querem induzir, e sim sobre “a possibilidade dos governo estadual ou municipal” editarem decretos que venham impor restrições de aglomerações em eventos de qualquer natureza, visando combater o novo Coronavírus.
Ocorre que as decisões conflitantes do Ministro indicado pelo Presidente Bolsonaro, Nunes Marques, bem como as manifestações do Procurador Augusto Aras e do próprio presidente tem ao que parece o objetivo de incitar a opinião pública contra a mais alta Corte de Justiça, o que não é ético no atual momento, pois várias vidas estão sendo ceifadas pelo coronavírus.
A decisão do Supremo Tribunal Federal, a quem é dado a guarda da Constituição e suas cláusulas pétreas deverá ser dentro do razoável, primeiro velando pela autonomia dos estados e municípios, ou seja, cada um regular conforme seus dados de saúde e orientações técnicas, enquanto ao Governo Federal caberá a incumbência de gerir os recursos, formalizar parceiras e buscar vacinas.
Então, não seja levado como “boi” ao “matadouro”. A racionalidade foi dada ao homem para pensar e não ser massa de manobra de “falsos pastores” ou qualquer outro ser.
*Editorial.