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Com obras atrasadas, governo pode ser obrigado a devolver recursos do Huerb

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Com obras paradas há anos, o governo do Estado poderá ser obrigado a devolver recursos do novo Hospital de Brasileia e do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), seguindo o exemplo do que ocorreu com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul. A ameaça é motivada pela demora para entregar as unidades.

O presidente em exercício do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Murilo Batista, informou que por diversas vezes os representantes da entidade cobraram respostas do governo que até hoje não deram o devido encaminhamento.

“O Sindicato cobrou e a população cobrou, mas até o momento existem apenas promessas e muita propaganda. Não queremos esperar que os prazos se esgotem para realizar críticas. Estamos cobrando antes que o Ministério da Saúde peça a devolução dos recursos”, afirmou o sindicalista.

Com um orçamento de mais de R$ 50 milhões, o novo Hospital de Brasileia deveria ter sido entregue em 2014. Um dos motivos para o atraso na finalização da obra teria sido a enchente de 2015.

“O antigo hospital está caindo, os médicos sofrem e fazem o possível para oferecer o mínimo aos pacientes, mas não há equipamentos e medicamentos suficientes. É revoltante ver o sistema público de saúde se desintegrar nas mãos de gestores incompetentes”, alertou Murilo Batista.

Outra obra que deveria ter sido entregue em 2012 foi do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco que teve os custos de construção orçados em R$ 20 milhões e até o momento o prédio não foi disponibilizado para a população.

“Daqui a pouco, o Huerb deverá passar por uma reforma e se quer foi entregue, o que demonstra o descaso com a saúde pública, uma falta de zelo com o dinheiro que deveria servir para melhorar o atendimento para a população”, protestou o presidente do Sindmed-AC.

Na semana passada, o MS anunciou que cobrará a devolução de todo o recurso da UPA de Cruzeiro do Sul, porque o governo do Estado descumpriu com o prazo para a finalização das obras.

“Se o Ministério da Saúde já cobrou a devolução de recursos de uma obra, outras podem ter o mesmo fim, o que preocupa a diretoria do Sindmed-AC, pois todos os dias morrem pessoas por falta de atendimento, por falta de estrutura, falta de medicamentos”, reclamou o sindicalista.

Assessoria do Sindimed

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